http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.003

 

Análise de estatinas em plasma humano por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas utilizando microextração em fase sólida e derivatização in situ no preparo de amostra

Sattolo, Natalia M. S.; Gomes, Paulo C. F. L.; Santos Neto, Álvaro José; Lanças, Fernando M.

Palavras-chave: derivatização in situ , estatinas, plasma humano, SPME-GC/MS.

Resumo: A monitorização terapêutica permite a individualização do regime de dosagem, assegurando a eficácia clínica e minimizando os efeitos adversos dos fármacos prescritos. As estatinas pertencem ao grupo dos inibidores da enzima 3-hidroxi-3- metilglutaril-coenzima A redutase (HMG-CoA). Elas induzem uma redução significativa nos níveis de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade e triglicérides no plasma, portanto, são utilizadas no tratamento da hipercolesterolemia. Atualmente, as estatinas têm sido monitoradas, pois embora eficazes e muito utilizadas, apresentam alguns efeitos adversos não desejáveis. Neste trabalho, as técnicas microextração em fase sólida e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (SPME-GC/MS) foram avaliadas para análise de estatinas (fluvastatina, sinvastatina e atorvastatina) em plasma humano para fins de monitorização terapêutica. As condições de extração e derivatização foram otimizadas usando planejamento experimental e avaliando a influência dos principais parâmetros envolvidos. O método apresentou linearidade na faixa de 20 a 500 ng mL-1, com precisão inferior a 14 % e limite de quantificação de 20 ng mL-1 e 50 ng mL-1 para a fluvastatina e sinvastatina, respectivamente. O método proposto foi aplicado em amostras de plasma de pacientes em tratamento com sinvastatina.


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